Uma das características que mais marcam a cultura indígena é a pintura corporal que pode ser vista como tão necessária e importante esteticamente como a roupa usada pelo “homem branco”. Da mesma forma não e diferente para os Paiter (também conhecido como os Surui de Rondônia. Os Paiter habitam a Terra Indígenas Sete de Setembro. Uma área equivalente a 248.000 hectares. Localizado no entre os municípios de Cacoal no estado de Rondônia e Rondôlandia no Mato Grosso.A pintura corporal para os Paiter tem sentidos diversos, não somente na vaidade, ou na busca pela estética perfeita, mas pelos valores que são considerados e transmitidos através desta arte. Feita de jenipapo, urucum, tem como objetivo diferir os povos, determinar a função de cada um dentro da aldeia e até mostrar o estado civil. A pintura corporal Paiter varia de acordo com o gênero. Pois assim desta forma tem a pintura da mulher, homem, moça e jovem indígena Paiter.O processo de preparação da tinta consiste em ralar a fruta com semente e depois colocar ralo na folha de palmeira para ser assado e depois espremido para sair o caldo preto e grosso. Nos dias comuns a pintura pode ser bastante simples, porém nas festas, nos combates deve ser bem fortes e com bastante enfeites com arte Paiter. Geralmente na sociedade Paiter a pintura corporal o homem pinta o corpo da sua esposa e dos filhos. Enquanto a mulher pode pintar o corpo do marido. Cada etnia tem sua própria marca e se alguma outra utilizar a mesma, uma luta entre as aldeias pode ocorrer. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário, mas apenas a pura busca da beleza dos Paiter.
Autor: Gasodá Surui